terça-feira, 4 de dezembro de 2012

WTFocus?

Okay, este último post do Wells conseguiu me tirar da inércia.
Principalmente porque eu gosto do autofoco. Sinceramente.Desde que comecei esta aventura nos meandros das técnicas fotográficas, creio que já consegui me livrar de quase todas as muletas automatizadas. Mesmo penando, levando vários minutos para conseguir ajustar o equipamento às condições ambientes, desde minha expedição à Escócia, não mais utilizei os modos automáticos da câmera. Ajusto a velocidade e o diafragma de acordo com as necessidades de luz e distância, além de tentar, vez ou outra, ser inventiva nessas áreas, para saber quais os efeitos que consigo.
Sempre que saio com a câmera, saio aberta ao desconhecido. Não sei o que vou encontrar e procuro reagir aos estímulos com a maior presença de espírito que as situações me permitam.
Porém, se há um mecanismo que não consigo largar é justamente o autofoco. Ele é como que a máquina de lavar roupa, na vida de uma dona de casa. Abençoado o ser que o inventou.
Com tantas coisas para serem pensadas e improvisadas, me parece um alívio imenso poder contar que ao menos focada a foto estará.
Claro, quando desejo dar um efeito desfocado a uma parte ou toda a imagem, mudo para o foco manual. Ou quando a própria câmera se rebela e tem dificuldade de fazer o foco sozinha, mudo para o manual sem o menor problema.
Em todas as demais situações, continuo apegada a este conforto da tecnologia. Em um momento em que necessito de rapidez e espontaneidade; ou em que são muitos os planos a serem focados; ou em que o único plano deve estar perfeitamente nítido; ou seja, quase sempre, a câmera consegue fazer a análise melhor do que eu.
Uma das razões para isso é uma certa dificuldade, que confesso, em determinar se a foto está realmente focada, enquanto estou olhando pelo visor. Às vezes não consigo perceber com tanta clareza e, quando chego em casa, vejo que a foto não estava tão nítida quanto eu pensava.
Creio que o post do Wells pode ser de grande ajuda, para acomodados como eu, pois apresenta situações específicas em que usar o foco manual pode realmente trazer resultados melhores.  Às vezes precisamos de um empurrãozinho de alguém mais experiente, para conseguirmos nos livrar de hábitos arraigados.
Sei que meus professores de fotografia estariam surtando com este texto, se eles conseguissem entender português. E creio que eles teriam razão no sentido de que, antes de nos acomodarmos nos automatismos, devemos primeiro aprender a usar o equipamento em sua integridade, treinar, ver as alternativas, compreender o que de novo conseguimos obter quando estamos no comando de absolutamente todos os aspectos do processo fotográfico. Apenas depois de ter essa experiência é que podemos nos sentar confortavelmente em nossa preguiça e optar, porque ai sim é uma opção e não uma falta de alternativa, a usarmos o autofoco.
Pois muito bem, vou tentar o foco manual por algum tempo.
Depois eu conto!



sexta-feira, 23 de novembro de 2012

WTFocus ou 10 razões para desligar o autofoco

O autofoco nem sempre é o aliado confiável que você espera. Conheça 10 situações nas quais ele é um estorvo.
1. Quando não há contraste suficiente
Você deve ter notado que quando tentar focar em texturas mais delicadas e/ou superfícies planas, o autofoco de sua câmera tem muita dificuldade em focar. Câmeras digitais tem dois tipos de sistemas de autofoco: ativo (que usa um emissor de luz infravermelha) e passivo ( que busca por áreas de luz/contraste). O autofoco ativo vai funcionar melhor neste tipo de superfície de baixo contraste, mas o sucesso não é garantido.
2. Quando você vai assustar os pássaros
No campo lentes telefoto são essenciais para chegar mais perto de animais tímidos. O problema principal com o uso de autofoco quando se fotografa animais e pássaros é que a maioria dessas criaturas tem excelente audição. Mesmo o mais suave dos zumbidos da sua lente vai fazer com que eles busquem proteção. O uso de foco manual dificilmente vai criar qualquer ruído que venha a perturbar os animais que você está fotografando.
3. Quando não há luz suficiente
Quando você trabalha com pouca luz, se sua lente usa o autofoco passivo, ela vai ter muita dificuldade em encontrar o foco. Isto se dá porque este sistema depende de luz e contraste. Nesta situação a lâmpada de assistência AF pode resolver o problema. Se isso falhar, sua melhor opção é o foco manual. Câmeras com autofoco ativo vão apresentar menos problemas nesta situação.
4. Quando você quer distância hiperfocal
Na fotografia de paisagem você quer grande profundidade-de-campo, e geralmente você necessita focar um terço dentro da foto para atingir distância hiperfocal (foco máximo do primeiro plano ao infinito). Uma vez que a câmera está focada no ponto correto é imoprtante desligar o autofoco. Se você não o fizer, você verá que a câmera vai re-focar a cada vez que o disparador for acionado.
5. Quando você quer imagens idênticas para HDR
A fotografia HDR (Alto Alcance Dinâmico) envolve três fotos da mesma cena. Uma com exposição normal, uma subexposta em 2 pontos e uma sobrexposta em 2 pontos. Estas três imagens serão, então, fundidas baseadas na exposição para mostrar detalhes nas sombras, meios tons e áreas claras. É importante que o foco em cada foto seja idêntico para assegurar uma mescla bem sucedida. Assim como na fotografia de paisagem, encontrar o foco antes de mudar para foco manual é a melhor maneira de evitar que a câmera refaça o foco a cada foto.
 
6. Quando fotografar através de vidro
Ao fotografar através de uma substância como o vidro, galhos, uma multidão ou grama, o autofoco focará no objeto errado, preferindo fazê-lo no que estiver mais próximo dos pontos de foco selecionados. Fazer o foco manualmente assegura que seu objeto estará em foco e não o que está na frente dele.

7. Quando utilizar a regra dos terços
DSLRs mais baratas, de entrada, frequentemente oferecem menos pontos de foco e os concentram na área central do quadro do visor. Quando um tripé estiver sendo usado, um objeto que fica fora desta área será mais fácil de focar manualmente.
8. Quando estiver fazendo panning
Quando você estiver fazendo o panning para acompanhar um objeto que se move em velocidade, manter o foco pode ser difícil com qualquer das opções de zona de autofoco da sua câmera. Focando manualmente num ponto pelo qual você sabe que seu objeto irá passar você pode fazer um pré-foco e mudar para manual para garantir uma foto nítida.
9. Quando você estiver usando foco diferencial
Retratos na maioria das vezes tendem a ter o ponto focal nos olhos do sujeito da foto, assim certificar-se de que os olhos estão nítidos é extremamente importante. Fotografar com uma grande abertura, como f/2.8 cria uma profundidade-de-campo muito rasa. Se seu autofoco acidentalmente focar numa sobrancelha ou na ponta de um cílio, você pode perder seu foco crítico. O foco manual evita esse problema.
10. Quando fotografar insetos
Ao fotografar insetos que se movem rapidamente de uma curta distância usando uma lente macro, o foco automático é praticamente impossível. Desligue-o e, em vez disso, ajuste a lente em sua distância mínima de foco e mova-se ligeiramente para frente e para trás para encontrar o ponto focal. Uma vez encontrado, tudo o que você tem a fazer é esperar que um inseto pouse.
 
Fonte: www.photoanswers.co.uk

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Organize-se

Um bom profissional, seja de que ocupação for, tem que ser organizado. Aliás, é muito difícil alguém ser realmente bom em alguma coisa se não tiver algum método e alguma organização naquilo que faz.
Quem já usou filme em fotografia sabe o inferno que é manter fotos e negativos organizados. Sim, é um inferno. Eu sei porque tenho caixas e mais caixas cheias de álbuns de fotos (daqueles que as lojas davam de brinde quando um filme era processado) e fotos soltas. esse foi o máximo de organização que consegui. Meus negativos, e já perdi muitos, também estão amontoados numa caixa, aguardando organização. Quem sabe um dia...
Com o advento da fotografia digital a coisa ficou pior. Na era do filme costumávamos restringir o uso do disparador. Não dava para desperdiçar. Agora não, qualquer passeiozinho é motivo para voltar para casa com dezenas (senão centenas) de fotos.
O que a maioria faz é simplesmente salvar todas no computador. Sem back-up, sem qualquer critério, deixado para o software resolver onde e como fazer o arquivamento.
Fui obrigado, quando passei para digital, a criar métodos de arquivamento. Atualmente, tenho pastas separadas para cada câmera. Anualmente faço back-up dessas pastas. As fotos são arquivadas por data. No caso de uma viagem ou eventos especiais, como aniversários, etc., abro uma pasta específica para aquela viagem, e subpastas por data. Mas é muito pessoal, cada um tem suas preferências. Mas é bom que esse arquivamento seja precedido de um filtro nas fotos. Não há razão para se guardar todas elas. Faça um exame crítico e descarte aquelas fotos que não acrescentam nada ou que estão tecnicamente imperfeitas.
Ontem, especificamente, dei um passo na direção da organização física de fotos. Tenho tirado fotos para um projeto pessoal, o Instax Mini Photo Project. Nesse pequeno projeto, que não tem deadline nem objetivo específico, estou fotografando a cidade de Brasília, seus prédios, monumentos, curiosidades. No decorrer de cada "sessão"  acabo tirando outros tipos de foto. Como as fotos nesse formato tem o tamanho de um cartão de crédito, bastou que eu comprasse um pequeno arquivo em metal para cartões de visita. Nele vou criar subdivisões como "monumentos e edifícios", "locais", "pessoas", etc. E assim, cada foto vai ter seu lugarzinho. E além do mais, criar subdivisões vai ser muito fácil.
Falta coragem para fazer isso com os quase dez anos de fotografia de filme.


sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Saia. Mostre-se.

A prática faz a perfeição. Ou pelo menos melhora o razoável. Essa máxima persegue todos aqueles que, um dia, resolvem levar a fotografia (um pouco) mais a sério.
E ela é muito mas fácil de ser posta em prática hoje, em tempos de fotografia digital. Noutros tempos, tínhamos que esperar a revelação do filme para ver o resultado. Se anotações não tivessem sido feitas, o fotógrafo dificilmente saberia dizer o que deu errado e por quê.
O que essa máxima prega, basicamente, é: fotografe, fotografe e fotografe. E quando você achar que já está bom, fotografe mais ainda.
Naqueles tempos de filme, era mais difícil, mas o advento da fotografia digital veio para facilitar as coisas. Bateu, não ficou legal, bata de novo. Continua ruim? Cheque os ajustes da câmera, dê mais uma observada na luz, no seu objeto, na sua posição, enquadramento. E fotografe de novo.
Mas...e quando começamos a duvidar da nossa própria capacidade? Quando começamos a achar que nada que fotografamos está bacana. Aí buscamos outras opiniões.
Mandar suas fotos para uma revista, para que sejam criticadas e, eventualmente publicadas é um bom começo. Mas não se deixe abater pelas recusas. É por elas que você vai mensurar sua capacidade como fotógrafo. Muitas recusas podem significar a necessidade de aprimoramento técnico.
Participe de concursos. Todo dia pipoca um em algum lugar, como os que estão sendo promovidos atualmente pelo Correio Braziliense para escolha da árvore mais bonita do DF, ou o jornal Metro, de alcance mundial e com prêmios bacanas. O pior que pode acontecer é sua foto não ser selecionada. Leia os requerimentos básicos com atenção e mande suas fotos. Não tenha medo. Outra forma interessante é a criação de álbuns on-line, em sites como o Picasaweb e compartilhe com amigos e familiares. O feedback deles pode ser interessante. Ou ainda, para quem tem aquela quedinha pela escrita, crie um blog e divulgue-o nas redes sociais. Você vai expor suas fotos para um público amplo.
Quando se sentir mais confortável, uma opção é mandar fotos para sites de venda, como o Shutterstock. As exigências são maiores aqui, mas você terá a chance de fazer uma graninha a cada vez que sua foto for comprada por alguém.
Pense bem nisso tudo e vá em frente. O mundo está lá fora, à sua espera. Mostre-se.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Anatomia de um ensaio fotográfico

Ensaios fotográficos são meios pelos quais um fotógrafo aborda um determinado tema. Nele, o "autor" adota uma linguagem ou uma linha de raciocínio para dar destaque ao tema escolhido.
Já fiz muitos desses, sempre tentando explorar técnicas recentemente aprendidas, ou apenas tentando relembrá-las.
O tema deste que fiz recentemente me veio num momento de embasbacamento com minha própria motocicleta. Tarde de domingo, sentado numa sombra, admirava as formas esculpidas por algum genial designer japonês. Em seguida me lembrei de uma lente que possuo e que raramente uso, por ser uma prime. Lente prime é aquela que possui distância focal única, neste caso 70mm. Essa lente, uma bela Sigma, tem valor de abertura máxima de f/2.8, com macro real 1:1. 
Pensei imediatamente em chegar bem perto, up close and personal, usando essa lente, que permite foco a distâncias ridiculamente curtas.
No feriado de 7 de setembro, lá pelas dez da manhã, pus-me a trabalhar. Armei-me da câmera (Canon EOS 400D), com a lente Sigma 70mm, alguns filtros (acabei usando só o polarizador), um rebatedor Lastolite dupla face branco/dourado, tripé Manfrotto e cabo disparador.
Não me dediquei totalmente às cegas a esta tarefa. Leio revistas de moto desde 1984, ininterruptamente. Nessas revistas são apresentados um mundo de detalhes dos modelos testados, alguns em close-up. Parti daí. O que exatamente eu queria mostrar? Uma peça essencialmente funcional, outra de apelo estético, ângulos inusitados. Pensei em mostrar close-ups de várias partes da moto, com ênfase no design.
Em primeiro lugar, a escolha do local. Como o sol já estava a pino, preferi trabalhar à sombra. Mesmo porque no local que escolhi não seria possível chegar próximo do lago. O sol a pino permitiria um melhor aproveitamento do rebatedor, no entanto, e exigiria mais uso do flash. Uma vaga no estacionamento, à sombra, tripé montado e câmera a postos.
Aqui não teve jeito, tive que me ajoelhar, esticar, ficar em posições estranhas para conseguir enquadrar e focar do jeito que eu queria. A cabeça (Manfrotto 486) que uso com meu tripé não me ajudou. Ela é do tipo ballhead e não aguenta o peso da câmera, o que requer ajustes constantes. O tripé, este sim, ajudou bastante. O modelo que utilizo, o 190X ProB da Manfrotto, tem um botão na base de sua haste central, que permite utilizá-lo quase rente ao solo, bem como adotar novos ângulos para a câmera, como lateralmente ao tripé, na vertical ou na horizontal, como na foto:

Para as fotos do escapamento, item de destaque deste modelo, utilizei esse recurso do tripé e lá fomos nós, rentes ao chão. Aqui faltou um equipamento que possuo: um angle finder, que nada mais é que um "periscópio" que permite usar o visor quando a câmera está em posições muito baixas, por exemplo.
Posicionei o rebatedor para tentar tirar algumas sombras, mas como eu mesmo estava posicionado à sombra, consegui poucos resultados. O lado dourado surtiu mais efeito, acentuando, por exemplo o brilho do sol nas curvas de escapamento. 
Todas as fotos foram tiradas em formato RAW e antes da conversão ajustei um pouco as imagens em brilho, contraste, etc.
Da mesma posição rente ao chão tirei fotos da bomba de freio traseiro. Esta peça não tem muito charme a não ser a marca, da italiana Brembo, especialista em freios. Mas o ângulo adotado, junto com a proximidade adicionaram o destaque que eu queria. O resultado, entretanto, ficou aquém do que buscava. Faltou paciência, posso dizer.
Tenho sempre a tendência de usar aberturas gigantescas quando uso essa lente. Daí acaba ficando difícil fazer foco.
A intenção, às vezes, é deixar parte da foto fora de foco e uma pequena porção nítida. Foi o que consegui nesta foto, uma das minhas favoritas desse ensaio:
Essa lente possui função macro real (1:1). Permite fazer foco a distâncias muito, muito pequenas. Aqui, a trave móvel do tripé me ajudou novamente:
Com a câmera nessa posição obtive esta foto:
Para quem estiver se perguntando, esse é um dos parafusos da mesa superior do guidão.
Mais ou menos da mesma posição, tirei estas:



A funcionalidade de macro permite tirar o máximo de detalhes como este, difícil de ser capturado, por se tratar de desenho jateado em vidro:
Cabe dizer que os resultados ficaram aquém do que eu pretendia, mas estou fora de forma e sem paciência nenhuma para brincar no quarto-escuro virtual. 
E se você, perspicaz leitor, observador minucioso, estiver se perguntando "onde estão sua jaqueta, capacete, a bolsa da câmera e do tripé?"
Uai, aqui:
Inté a próxima.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Equipamento x viagem

Todo entusiasta sabe o drama que é a escolha do equipamento a ser levado em uma viagem. A tentação de levar várias lentes e câmeras, tripé e filtros é grande. A verdade é que, na maior parte das vezes, acabamos, enquanto fotógrafos-turistas, não usando metade do que levamos e ainda temos que ficar carregando a tralha toda pra lá e pra cá.
Há alguns anos fiz isso numa viagem a Praga. Não fiquei carregando a bolsa com tudo dentro o tempo todo,  mas acabei mesmo não usando tudo o que levei. Em viagens subsequentes aprendi a filtrar de acordo com o destino. Vou ilustrar meu ponto. Estamos - eu e minha melhor metade - organizando nossas férias para setembro. Vamos para Porto de Galinhas, PE. A tentação de levar várias lentes é grande, sempre. Veja: eu tenho uma 10-20mm, uma 24-70mm (que é a que mais tenho utilizado em virtude de sua abertura máxima de f/2.8), uma 70mm (f/2.8 com macro), a multiuso 18-250mm (todas SIGMA) e a única Canon, a já anciã 75-300 com estabilizador.
Se antevejo a possibilidade de passeio em local histórico, por exemplo, com ruas apertadas, não tenho dúvidas e enfio a 10-20mm na mochila. Na maioria das situações a 24-70 ou a 18-250 dão conta. Minha EOS 400D - Rebel XT alguma-coisa-que não-me-importa, no Brasil - tem fator de corte de 1.6.
Estou apenas ilustrando, essa não é minha câmera, que está mais bem conservada
e com uma alça de neoprene
Isso dito, temos que a 18-250 corresponde a 28,8-400mm, em relação ao formato 35mm das câmeras de filme ou das digitais com sensor full size. Não é grande coisa, mas a grande angular ainda é melhor que a maioria das point-and-shoot, que normalmente começam em 35mm. Tudo isso pra dizer que, numa viagem à praia, com muito landscape e pouca necessidade de grande angular, a 18-250mm - que aliás conta com estabilizador óptico - dá e sobra e de quebra ajuda a reduzir o peso na mochila.
Vou levar minha Powershot 3100 também.
Meu case não é igual a este, mas similar
Por que levar duas câmeras, você pergunta? Bem, estou prevendo boas fotos dentro e fora d´água. Como tenho um case de submersão para câmera compacta,   levo a Powershot para as fotos mais radicais. Além do mais, tem aquele lance da câmera de back-up (vide post mais antigo sobre o assunto).
E o que mais? Ora, filtros, incrédulo leitor. O polarizador deve estar sempre à mão, principalmente porque ele funciona como um excelente ND (densidade neutra), exceto pela necessidade de estar posicionado corretamente em relação ao sol. Um ND graduado também faz parte do arsenal para aquelas fotos de aurora ou de por-do-sol.






Aí vem a dúvida das dúvidas: se vou levar filtros para aurora e por-do-sol, terei que levar tripé também, não? Sim. As chances de você, iluminado leitor, conseguir um apoio decente para essas fotos não são lá muito grandes, o que justifica levar o dito equipamento. Dependendo do tamanho e peso dele, fica complicado levar, principalmente se você, como eu, estiver pensando em viajar com pouca bagagem. E de avião...
Minha escolha de equipamentos sempre acaba em minúcias. acessórios de limpeza, incluindo vários paninhos de microfibra, spray para limpeza de lentes ou panos umedecidos sem aditivos, pincel e Lens-Pen®. Ter um saco plástico ou estanque de bom tamanho ajudar a proteger a câmera na eventualidade de uma chuva inesperada. O resto é o de praxe: carregadores de baterias, cabos, etc. 

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Brinquedos

Há poucos dias, uma conversa entre mim e minha co-escriba descambou no assunto fotografia. Ela reclamava que o tripé que comprou é muito pesado, e que ela não tem paciência para carregá-lo, apesar de estar ciente de suas vantagens. Assunto vai, assunto vem, perguntei se ela já comprara um cabo disparador. Disse que sim, sem fio, mas que seu tutor de fotografia julgava um acessório inútil.
Bem, discordo dele. Não sei se ele se referia ao fato de o disparador sem fio ser um acessório inútil, ou se ele considera assim qualquer tipo de disparador. Na verdade não é um acessório tão inútil assim. O disparador sem fio mostra-se muito útil em situações de estúdio ou auto retrato. O modelo que possuo, por exemplo, permite um delay de até cinco segundos, o que ajuda a obter poses mais naturais do que aquelas que conseguimos ao ajustar o automático e correr para a frente da câmera. Ele ainda permite que a câmera faça o auto-foco antes de disparar.

Então, concluímos que não é assim tão inútil, certo? Em ambientes de estúdio, por exemplo, os disparadores profissionais permitem conectar flashes e mais de uma câmera ao mesmo tempo. Mas não tratemos de coisas profissas neste espaço.
Quando adquiri minha 350D e, posteriormente, a substituí pela 400D - subi pouco porque isso significava manter boa parte dos acessórios que já possuía, como o vertical grip - descobri que um dos cabos disparadores recomendados para elas era este:
Nosso amigo, o RS60. Até aí nada de mais, certo? Sim, não fosse o fato de eu já possuir esse disparador, que comprei para minha primeira câmera, a EOS 5000. A câmera comprei em 1995, mas o cabo veio bem depois, com a EOS A2e. De qualquer forma, foi bacana descobrir que depois de tanto tempo esse acessório ainda era útil. Desde que o recuperei (tinha sido presenteado para meu irmão, junto com a câmera) não sai mais da minha bolsa velha de guerra.
Desnecessário explicar a real importância desse acessório muito antigo. Aquelas câmeras de caixote, do tipo lambe-lambe, contavam com esse equipamento como única forma de bater a foto. Suas aplicações hoje, são mais comuns em estúdio e fotografia de paisagem. Ele permite que uma exposição longa seja feita sem que se toque na câmera, mantendo sua estabilidade. Na foto acima, por exemplo, dá para perceber que o botão disparador é deslizante. Isso permite travá-lo para uso em dois modos: bulb, par aquelas exposições looooooooongas, principalmente noturnas, e em múltiplas exposições contínuas, o que faz com que a câmera continue a disparar até que se destrave o botão ou a memória encha.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Apoiando a câmera

Todo mundo que algum momento da vida usou uma câmera se deparou, com desapontamento, com uma foto tremida. Acontece com todos nós. Por inexperiência, pressa ou qualquer outro motivo, fotos tremidas são comuns. Elas acontecem porque o fotógrafo simplesmente não tem "traquejo" e treme na hora do clique, ou porque o ajuste da câmera estava errado para  a ocasião. Mas tudo isso tem remédio.
A solução mais óbvia é o uso de um tripé. Antes de falar dele, entretanto, vamos abordar algumas técnicas fáceis para amenizar o problema. A maneira como se segura a câmera tem quase sempre culpa no cartório. A maneira básica é segurando a câmera - não importa de que tamanho ou tipo - com as duas mãos, mantendo-se os cotovelos junto ao tronco e os pés afastados, formando um "A". Essa é a melhor postura para uma boa foto. Obviamente que nem sempre é possível adotar essa postura, mas aí já é exceção. Outra saída é buscar apoio, seja contra um poste, sobre uma grade, enfim, um apoio firme.
Outro ponto importante é a maneira como apertamos o botão disparador. Já viram como certas pessoas tendem a tirar a foto apertando o botão com a mão toda? É por isso que a foto vai sair torta e tremida. Quando for bater a foto basta pressionar o botão com o dedo tão somente. De qualquer forma, qualquer que seja a posição, os pontos de apoio tem que estar o mais próximos possível do corpo.
Veja por exemplo:
Para tirar essa foto sem apoio eu teria que ter regulado o ISO para 800. Isso causaria uma granulação excessiva, e ainda haveria a chance de sair tremida. Ajustei para ISO 400, abertura em f/5 e apoiei a câmera sobre um tambor de lixo, apenas limitando-me a mantê-la nivelada. Pressionei calmamente o disparador pois a câmera precisaria de 5 segundos para uma exposição adequada e voi-là. E ainda assim, o bom observador verá que ficou um tiquinho tremida. Isso porque, no fim, o ideal teria sido talvez ISO 800. Na verdade tenho outra foto tirada minutos depois, que ficou perfeita, mas para ilustração, preferi esta.
Tripés. Ame-os ou odeie-os. Mas são necessários e uma ajuda inestimável em mais ocasiões do que sonha nossa vã técnica fotográfica. A Manfrotto, ciente de que a decisão de comprar o tripé adequado nem sempre é fácil, criou um "configurador de tripé" que é uma ferramenta que, à primeira vista parece absolutamente confusa. À medida em que se vai selecionando itens como tipo de câmera, peso, etc., o programa vai automaticamente eliminando o que não se precisa e ainda apresenta opções que podem funcionar. Eu usei para configurar um tripé para minha co-escriba e devo dizer que fiquei impressionado.
Usar um tripé, no começo, não é tarefa das mais simples. Parece que não conseguimos acertar a altura, a abertura das pernas, o alinhamento da câmera. Passada essa fase, tudo é bacana. Aí, viajar e não levar um tripé acaba sendo uma decisão difícil de tomar.
Em tempo, minha co-escriba ainda não comprou o tripé dela.



segunda-feira, 26 de março de 2012

Too much information?


Algo interessante que tenho descoberto nos últimos tempos é que, às vezes, parece que quanto mais sabemos sobre fotografia, piores ficam os resultados.
Desde que fui ao primeiro workshop na Escócia, aprendi a utilizar a câmera em manual e tenho procurado fazê-lo sempre. Como os recursos da minha Canon PowerShot S5 eram limitados, resolvi comprar uma câmera DSLR, uma Nikon, com uma infinidade de novas possibilidades. Mas para poder utilizá-la, achei melhor fazer um curso básico intensivo, para revisar os velhos conceitos e aprender outros tantos. Agora, estou fazendo o nível 2 deste curso básico, para ter a chance de aprofundar os conhecimentos e também sedimentá-los.
Tive a chance de colocar à prova o que tinha aprendido em algumas ocasiões, especialmente em uma viagem que fiz a Sevilla. Tentei brincar um pouco com a profundidade de campo, com a velocidade, com a luz, com o ISO, mas os resultados não ficaram como eu esperava.
Fiquei pensando: "será que perdi a mão?"
E a resposta é: "sim", ao menos temporariamente.
Tudo o que antes era feito com base em puro instinto, sem ter que me preocupar com o fotômetro e a correlação entre abertura do diafragma e velocidade do disparador, pois as fotos eram tiradas em automático, agora exige uma análise mais cuidadosa. Porém esta mesma análise também tira uma boa parcela da espontaneidade do momento, pois quando vejo a cena, ainda tenho que parar por alguns segundos, que podem se alongar em minutos, para configurar a câmera de modo a captar o referido momento da maneira mais adequada. Muitas vezes, o instante já passou. Ou simplesmente acabo esquecendo de outra parte tão essencial da fotografia, que é a composição.


A composição é a distribuição dos elementos na tela, é a captação do que há de interessante, de forma a transmitir aquilo que desejamos. É a análise do ângulo em que a foto será tirada, quais os elementos que dela deverão fazer parte, se a posição dos objetos está bacana, harmônica. A regra dos terços, que o Wells comentou anteriormente, é um de seus fundamentos.
A intenção é juntar todas essas técnicas, para tirar a melhor foto.
Mas neste período de transição, entre um enfoque despreocupado com qualquer técnica e a assimilação de tantos conceitos, questões a serem observadas e respeitadas, passos a serem seguidos, qual a conclusão? Praticar, praticar, praticar, até transformar a utilização das técnicas em um ato-reflexo, em uma etapa automática, tão natural quanto olhar pelo visor.
Quando enfim puder deixar de encarar a tela da máquina e voltar a olhar para as pessoas, para os monumentos, para a natureza, para a luz que incide obliquamente, para o ângulo que torna aquele objeto digno de ser registrado, para o contraste entre luz e sombra, para um reflexo, quem sabe consiga tirar fotos que reunam inspiração e precisão numa tacada só.
I´ll keep you posted!

segunda-feira, 12 de março de 2012

A câmera reserva

Uso SLRs há 17 anos. Aprendi, desde então, várias lições. Uma delas é que sempre se deve ter uma câmera reserva, preferencialmente do mesmo tipo da sua câmera principal. Isso se aplica bem àqueles que trabalham com fotografia. Entretanto, não são raros os profissionais que tem câmera compacta como reserva da reserva.
Para nós, meros mortais, basta uma reserva. E aí entra a versatilidade das modernas compactas. Cada vez mais avançadas, menores, potentes, satisfazem os mais exigentes, e cuidam dos novatos e inexperientes.
Minha primeira digital foi uma compacta, a Nikon Coolpix 4300.
Essa câmera tinha só 4MP e usava cartão Compact Flash. Apesar de pequena, um primor de câmera. Repare na "barriguinha" formada pelo compartimento da bateria. Ele oferece um "grip" excelente e é possível operar a câmera com tranquilidade com uma mão só.
Essa câmera tornou-se minha câmera reserva de imediato. Anos depois, sentindo a pressão tecnológica, cedi e troquei de câmera. Cometi a besteira de adquirir uma Samsung, cujo modelo nem me lembro mais. Um horror de câmera, deu defeito logo. Consertada sob garantia, foi imediatamente trocada por uma Canon A590IS.

8MP, estabilizador de imagem, cartão SD, modos pré-programados, além de prioridade de abertura, de obturador e manual. Olha a barriguinha ali de novo. Essa câmera tem todos os controles situados do lado direito, permitindo executar toda e qualquer operação com uma só mão. Além disso, ela ainda tem o visor ótico. Ela filma, tem gravador embutido, além de outros mimos. Não raro eu opto por deixar a EOS 400D em casa e levo a pequenina comigo. Foi assim no ano passado, em viagem a Maceió. Tudo ia muitíssimo bem (fora um recorrente problema de software que faz a câmera pedir baterias novas o tempo todo), até que, num momento de bobeira, tomei com uma bela de uma onda, pelas costas, e não consegui tirar a câmera do caminho a tempo. A onda tinha levantado muita areia que, junto com a água salgada, fez muito mal à pequenina. Precisando de uma revisão geral, não pude considerá-la para a viagem que faremos a São Paulo, depois de amanhã. A solução: adquirir uma nova câmera reserva, desta vez com pouco dinheiro. Comecei a olhar entre os modelos de entrada de marcas como Nikon, Fuji, Olympus, Sony e Canon. A aquisição caminhava na direção de modelos básicos (mesmo) de Fuji e Olympus, quando soubemos de uma amiga que estava vendendo duas câmeras compactas. Por uma delas ela pedia R$ 250,00 o que cabia direitinho dentro do que eu queria gastar. O modelo escolhido, e que agora tenho aqui comigo, é este, a Powershot A3100IS:
Como dá para perceber, a barriguinha de que tanto gosto, sumiu. Sim, a câmera tem uma infinidade de recursos, 12.1MP, estabilizador de imagem, monitor gigantesco, e por aí vai. Não possibilita o uso em manual, prioridade de abertura ou de obturador, no entanto. Vai fazer falta, pois me acostumei a fotografar assim. Mas, por 250 pilas, incluindo um cartão de 4Gb e bolsa Lowepro, excelente relação custo-benefício.
Então, não se acanhe só porque você comprou aquela baita DSLR. Tenha uma câmera reserva. Você nunca sabe quando vai precisar dela.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Rezando os terços

Considere a foto acima. Você diria que esta é uma boa foto?
Se respondeu que não, muito obrigado. Continue lendo e provavelmente corroborarei sua opinião. Se respondeu que sim, continue lendo pois você ainda tem o que aprender.
Desconsiderando as imperfeições técnicas como exposição, por exemplo, a foto acima desrespeita uma regrinha básica em fotografia: a dos terços. Numa aula de teoria do verso, meu professor disse: "antes de escrever versos livres você tem que aprender a escrevê-los corretamente, obedecendo à métrica". Com fotografia não é diferente. Eu poderia simplesmente dizer que minha intenção aqui foi exatamente desrespeitar a regra e tascar a ponte bem no meio da foto. Não, não foi essa minha intenção. Errei.
Veja:
Imagine que o quadro acima é o visor de sua câmera. A regra dos terços dita que o objeto central da sua foto deve estar posicionado num dos pontos de intersecção. Os demais elementos devem estar harmoniosamente distribuídos, a fim de se obter um enquadramento agradável. Lá em cima não fiz nada disso. Tem água demais, concentrada nos terços inferiores. A ponte está bem no meio da foto, no terço superior. Nada à esquerda nem à direita adiciona qualquer charme ou equilíbrio à composição.
Captou a mensagem? Então, antes de apontar sua câmera e apertar o botãozinho do disparador, reze estes terços, ok? Em tempo, não é recomendável desrespeitar esta regra. Se, e somente se você souber muito bem o que está fazendo e que efeito pretende atingir.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

A sucker for toys

Sim, no começo eu achava que bastava ter uma boa câmera e uma super lente pra que minhas fotos saíssem boas. Primeira grande lição de fotografia: quem manda é o fotógrafo. Se ele não sabe o que está fazendo, não é a câmera que vai tirá-lo da enrascada. Conselho que tento passar desde então.
Quem nunca viu aquele sujeito que carrega uma moderna câmera com todo orgulho pra lá e pra cá, mas a usa no modo full-auto? Para esses, meu conselho: compre uma compacta.
Nas idas e vindas anos afora, comprei equipamento que não acaba mais. Boa parte desse equipamento acabei nunca usando, mas o filtro funcionou bem. E por falar em filtro, com o passar dos anos, acabei descobrindo que tipo de "brinquedinhos" são mais úteis. Disparado são os filtros. 
Tá, houve um momento em que comprei tudo quanto foi filtro que pude. Coisa meio idiota de se fazer. Ainda tenho muitos deles, guardados em algum lugar. Hoje, meus filtros favoritos são os UV - também conhecidos como Skylight ou Haze 1. Servem basicamente para proteger a lente. Sempre compro um para cada lente nova. E a cada lente nova, um polarizador também acaba fazendo parte do arsenal. São extremamente versáteis e úteis. E muitas vezes acabam fazendo o mesmo efeito que um de densidade neutra (ND). E por falar neles:

O conceito é simples. Os filtros têm tamanho único, tornando-os práticos, pois vc só tem que adquirir diferentes anéis, de acordo com a lente em uso. O suporte é o mesmo para qualquer tamanho. Simples. No caso dos filtros graduados, basta deslizá-los para cima ou para baixo para obter o efeito desejado. Bem, se são práticos por um lado, por outro são mais trabalhosos para manusear sem um tripé. E por falar em tripés, fica para outro post. Fui.

Vamos ao que interessa



A história desta foto:
Estava eu, passeando pelo parque do Retiro, com minha nova câmera em mãos, tentando aprender como ela funcionava (isso foi antes do último curso).
Um dos problemas de trocar de câmera e especialmente de marca, é que todos os comandos que estávamos acostumados a executar automaticamente, como se a máquina fosse uma extensão natural de nossa mão, instantaneamente deixam de existir.
Então, após ser convencida pelo meu professor escocês de que eu sempre deveria bater fotos em manual, passei um bom tempo daquela bela tarde de outono, tentando descobrir como fazer para mudar a abertura do diafragma e a velocidade do disparo de uma maneira minimamente tranquila.
Em meio a tentativas e erros e mais dúvidas e desesperos, eis que dou de cara com a cena descrita pela foto. A sutileza da luz e a textura das cores me chamaram a atenção imediatamente. E me desesperei com a falta de habilidade para poder transformar a imagem em foto. Foram necessárias umas 10 tentativas para conseguir executar a tarefa.
E valeu a pena!
Pela foto batida e pelas lições aprendidas.

Quatro mãos e duas cabeças pensantes





Bem, um pouquinho do trajeto:
Já há algum tempo eu e o Wells trocamos figurinhas sobre fotografias.
Somos 2 entusiastas, que adoram a arte de capturar momentos, capturar a luz, capturar os detalhes, as cores, as nuances, através de uma lente.
Não temos muitas pretensões além de nos divertir e de compartilhar um pouco dessa diversão.
De alguma forma, temos visões complementares sobre o processo.
O Wells gosta das máquinas, dos brinquedinhos, dos aparatos e das modernidades e sempre me dá dicas preciosas, quando preciso tomar uma decisão sobre essas coisas.
Eu gosto de contar histórias, de mostrar para as pessoas o que vi, o que senti, o que me emocionou e creio que minhas aventuras servem, no mínimo, para diverti-lo.
E foi nisso que consistiu o primeiro curso de fotografia que fiz: numa aventura!
Sempre tive vontade de conhecer a Escócia e, quando descobri o meu querido professor, Glen Campbell, resolvi juntar o aprendizado com a viagem. Lá fui eu para a Ilha de Skye, em pleno inverno e empunhando minha reles Canon PowerShot S5, que não passa de uma bridge camera, completamente inadequada para o curso. Mas que deu conta do recado.
Quando voltei dessa viagem, decidi comprar uma câmera DSLR (uma Nikon 5100) e, feito isso, achei que seria uma boa idéia fazer outro curso, para aprofundar os conhecimento básicos e aprender a lidar com o novo instrumento.
A idéia deste blog é juntar um pouco de técnica com um mundão de histórias; um tanto de tecnologia com uma pitada de criatividade e mostrar, ao mesmo tempo, alguns dos resultados que nós dois conseguimos.
Bem vindos!

Blog a quatro mãos


Este é um blog novo em folha. Escrito a quatro mãos, pretende tratar apenas de fotografia. Seus vários aspectos, técnicas, equipamentos, pela ótica de dois fotógrafos nada profissionais. Entusiastas, sim. Profissionais, I don't think so. Um, autodidata e péssimo aprendiz (eu), e o outro - outra, digo - com dois cursos já no currículo e idealizadora desta pequena aventura blogueira. Em comum, a paixão pela fotografia. 
Minha primeira câmera pra valer adquiri em 2005, uma Canon EOS 5000. Trocada não muito tempo depois por uma EOS A2e, seguida pela 350D e pela atual 400D. I'm a Canon man.
Recheado nesse miolo, um monte de outras câmeras, a mais interessante sendo a Pentax P30t. A mais estranha um presente recente. 
Deixarei que minha co-escriba se apresente agora. Ta-dah!