sexta-feira, 23 de novembro de 2012

WTFocus ou 10 razões para desligar o autofoco

O autofoco nem sempre é o aliado confiável que você espera. Conheça 10 situações nas quais ele é um estorvo.
1. Quando não há contraste suficiente
Você deve ter notado que quando tentar focar em texturas mais delicadas e/ou superfícies planas, o autofoco de sua câmera tem muita dificuldade em focar. Câmeras digitais tem dois tipos de sistemas de autofoco: ativo (que usa um emissor de luz infravermelha) e passivo ( que busca por áreas de luz/contraste). O autofoco ativo vai funcionar melhor neste tipo de superfície de baixo contraste, mas o sucesso não é garantido.
2. Quando você vai assustar os pássaros
No campo lentes telefoto são essenciais para chegar mais perto de animais tímidos. O problema principal com o uso de autofoco quando se fotografa animais e pássaros é que a maioria dessas criaturas tem excelente audição. Mesmo o mais suave dos zumbidos da sua lente vai fazer com que eles busquem proteção. O uso de foco manual dificilmente vai criar qualquer ruído que venha a perturbar os animais que você está fotografando.
3. Quando não há luz suficiente
Quando você trabalha com pouca luz, se sua lente usa o autofoco passivo, ela vai ter muita dificuldade em encontrar o foco. Isto se dá porque este sistema depende de luz e contraste. Nesta situação a lâmpada de assistência AF pode resolver o problema. Se isso falhar, sua melhor opção é o foco manual. Câmeras com autofoco ativo vão apresentar menos problemas nesta situação.
4. Quando você quer distância hiperfocal
Na fotografia de paisagem você quer grande profundidade-de-campo, e geralmente você necessita focar um terço dentro da foto para atingir distância hiperfocal (foco máximo do primeiro plano ao infinito). Uma vez que a câmera está focada no ponto correto é imoprtante desligar o autofoco. Se você não o fizer, você verá que a câmera vai re-focar a cada vez que o disparador for acionado.
5. Quando você quer imagens idênticas para HDR
A fotografia HDR (Alto Alcance Dinâmico) envolve três fotos da mesma cena. Uma com exposição normal, uma subexposta em 2 pontos e uma sobrexposta em 2 pontos. Estas três imagens serão, então, fundidas baseadas na exposição para mostrar detalhes nas sombras, meios tons e áreas claras. É importante que o foco em cada foto seja idêntico para assegurar uma mescla bem sucedida. Assim como na fotografia de paisagem, encontrar o foco antes de mudar para foco manual é a melhor maneira de evitar que a câmera refaça o foco a cada foto.
 
6. Quando fotografar através de vidro
Ao fotografar através de uma substância como o vidro, galhos, uma multidão ou grama, o autofoco focará no objeto errado, preferindo fazê-lo no que estiver mais próximo dos pontos de foco selecionados. Fazer o foco manualmente assegura que seu objeto estará em foco e não o que está na frente dele.

7. Quando utilizar a regra dos terços
DSLRs mais baratas, de entrada, frequentemente oferecem menos pontos de foco e os concentram na área central do quadro do visor. Quando um tripé estiver sendo usado, um objeto que fica fora desta área será mais fácil de focar manualmente.
8. Quando estiver fazendo panning
Quando você estiver fazendo o panning para acompanhar um objeto que se move em velocidade, manter o foco pode ser difícil com qualquer das opções de zona de autofoco da sua câmera. Focando manualmente num ponto pelo qual você sabe que seu objeto irá passar você pode fazer um pré-foco e mudar para manual para garantir uma foto nítida.
9. Quando você estiver usando foco diferencial
Retratos na maioria das vezes tendem a ter o ponto focal nos olhos do sujeito da foto, assim certificar-se de que os olhos estão nítidos é extremamente importante. Fotografar com uma grande abertura, como f/2.8 cria uma profundidade-de-campo muito rasa. Se seu autofoco acidentalmente focar numa sobrancelha ou na ponta de um cílio, você pode perder seu foco crítico. O foco manual evita esse problema.
10. Quando fotografar insetos
Ao fotografar insetos que se movem rapidamente de uma curta distância usando uma lente macro, o foco automático é praticamente impossível. Desligue-o e, em vez disso, ajuste a lente em sua distância mínima de foco e mova-se ligeiramente para frente e para trás para encontrar o ponto focal. Uma vez encontrado, tudo o que você tem a fazer é esperar que um inseto pouse.
 
Fonte: www.photoanswers.co.uk

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Organize-se

Um bom profissional, seja de que ocupação for, tem que ser organizado. Aliás, é muito difícil alguém ser realmente bom em alguma coisa se não tiver algum método e alguma organização naquilo que faz.
Quem já usou filme em fotografia sabe o inferno que é manter fotos e negativos organizados. Sim, é um inferno. Eu sei porque tenho caixas e mais caixas cheias de álbuns de fotos (daqueles que as lojas davam de brinde quando um filme era processado) e fotos soltas. esse foi o máximo de organização que consegui. Meus negativos, e já perdi muitos, também estão amontoados numa caixa, aguardando organização. Quem sabe um dia...
Com o advento da fotografia digital a coisa ficou pior. Na era do filme costumávamos restringir o uso do disparador. Não dava para desperdiçar. Agora não, qualquer passeiozinho é motivo para voltar para casa com dezenas (senão centenas) de fotos.
O que a maioria faz é simplesmente salvar todas no computador. Sem back-up, sem qualquer critério, deixado para o software resolver onde e como fazer o arquivamento.
Fui obrigado, quando passei para digital, a criar métodos de arquivamento. Atualmente, tenho pastas separadas para cada câmera. Anualmente faço back-up dessas pastas. As fotos são arquivadas por data. No caso de uma viagem ou eventos especiais, como aniversários, etc., abro uma pasta específica para aquela viagem, e subpastas por data. Mas é muito pessoal, cada um tem suas preferências. Mas é bom que esse arquivamento seja precedido de um filtro nas fotos. Não há razão para se guardar todas elas. Faça um exame crítico e descarte aquelas fotos que não acrescentam nada ou que estão tecnicamente imperfeitas.
Ontem, especificamente, dei um passo na direção da organização física de fotos. Tenho tirado fotos para um projeto pessoal, o Instax Mini Photo Project. Nesse pequeno projeto, que não tem deadline nem objetivo específico, estou fotografando a cidade de Brasília, seus prédios, monumentos, curiosidades. No decorrer de cada "sessão"  acabo tirando outros tipos de foto. Como as fotos nesse formato tem o tamanho de um cartão de crédito, bastou que eu comprasse um pequeno arquivo em metal para cartões de visita. Nele vou criar subdivisões como "monumentos e edifícios", "locais", "pessoas", etc. E assim, cada foto vai ter seu lugarzinho. E além do mais, criar subdivisões vai ser muito fácil.
Falta coragem para fazer isso com os quase dez anos de fotografia de filme.