quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Trocando de Câmera

O que fazer quando aquele tão sonhado equipamento, adquirido a duras penas, não corresponde às suas expectativas? Amargar o prejuízo e aprender a conviver com os contras ou assumir a má decisão e esforçar-se em desfazê-la?
Eu fico com a segunda opção. Nós, consumidores, somos movidos em grande proporção pela emoção. O que mais justificaria a aquisição de um veículo 4x4 que jamais verá sequer uma estrada de terra batida? Pois é, a escolha de um equipamento fotográfico é bem mais racional, não resta dúvida. Mesmo assim, não é difícil ser perder no emaranhado de especificações técnicas, cada vez mais variadas e complexas. E aí, Jair? Faça o que já fiz e que pretendo fazer de novo, em breve: passe o dito equipamento nos cobres e vá à luta para comprar outro.
Em nossa última viagem à praia minha adorada A590IS subiu no telhado depois de um banho de mar. Pena, pois é uma ótima câmera. Para substituí-la, às vésperas de outra viagem, compramos uma Powershot A3100IS, de uma amiga. Boa câmera, mas deixa a desejar em alguns aspectos, o que já me faz considerar sua substituição. Nessas horas, vale a pena tirar proveito de viagens ao exterior (a trabalho, no meu caso) e atacar os duty frees da vida. Assim que me ocorreu a ideia - há uns cinco minutos - "garrei" a pensar em que tipo de câmera seria a melhor opção. Imediatamente a emoção me levou à recém-lançada Canon G15. A linha G é o modelo top das compactas da Canon, situando-se na faixa de preço em torno de USD 400-600. Não são baratas, portanto, e substituem câmeras reflex com galhardia.
Aí, D. Razão entra em cena e me manda baixar a bola. Decide que a faixa a se considerar é mais abaixo, entre USD 200 e 300. Há muitas e boas opções nessa faixa. Ótimo. D. Razão, entretanto, não se contenta com pouco. Vamos dar uma olhada nas especificações e em avaliações de usuários (muito importante este ponto, aliás). Nas duas últimas aquisições que fiz, pensei - e acabei desistindo - em comprar uma câmera à prova d´água, sumergível ou não. Nas vezes anteriores eu queria algo numa faixa de preço bem abaixo das câmeras subaquáticas, o que me fez desistir delas. Esse modelo de câmera é de construção mais resistente, sendo normalmente à prova de choque (alguns modelos aguentam quedas de até 15m), resistentes à água, podendo submergir a até 10 metros) e alguns ainda são à prova de congelamento. Suas caixas são de aparência quase industrial e não raro são revestidas de boas camadas de borracha. Algumas chegam a parecer armas alienígenas.
Dona Razão deu um tempo e a emoção me faz olhar com mais carinho as opções da Canon. Uma muito interessante é a PowerShot D20, de 12.1MP.
Mito: quanto mais pixels, melhor a imagem. Não. O sensor, juntamente com a lente, é que é o grande responsável pela qualidade de imagem. Quem precisa de 18MP numa compacta? Well, not me. Sensores e lentes são componentes nos quais a Canon costuma não economizar. A D20 vem com o DIGIC-4, que é um dos melhores disponíveis, sem falar nas lentes, de qualidade comprovada. Isso significa, d. Razão, que eu acredito já ter uma escolha definida, só faltando saber se vou encontrá-la pelo preço justo.
A alternativa é a Panasonic Lumix, disponível em várias configurações, ou ainda as Fuji FinePix.
Antes disso, entretanto, tenho que passar a 3100 nos cobres.