terça-feira, 4 de dezembro de 2012

WTFocus?

Okay, este último post do Wells conseguiu me tirar da inércia.
Principalmente porque eu gosto do autofoco. Sinceramente.Desde que comecei esta aventura nos meandros das técnicas fotográficas, creio que já consegui me livrar de quase todas as muletas automatizadas. Mesmo penando, levando vários minutos para conseguir ajustar o equipamento às condições ambientes, desde minha expedição à Escócia, não mais utilizei os modos automáticos da câmera. Ajusto a velocidade e o diafragma de acordo com as necessidades de luz e distância, além de tentar, vez ou outra, ser inventiva nessas áreas, para saber quais os efeitos que consigo.
Sempre que saio com a câmera, saio aberta ao desconhecido. Não sei o que vou encontrar e procuro reagir aos estímulos com a maior presença de espírito que as situações me permitam.
Porém, se há um mecanismo que não consigo largar é justamente o autofoco. Ele é como que a máquina de lavar roupa, na vida de uma dona de casa. Abençoado o ser que o inventou.
Com tantas coisas para serem pensadas e improvisadas, me parece um alívio imenso poder contar que ao menos focada a foto estará.
Claro, quando desejo dar um efeito desfocado a uma parte ou toda a imagem, mudo para o foco manual. Ou quando a própria câmera se rebela e tem dificuldade de fazer o foco sozinha, mudo para o manual sem o menor problema.
Em todas as demais situações, continuo apegada a este conforto da tecnologia. Em um momento em que necessito de rapidez e espontaneidade; ou em que são muitos os planos a serem focados; ou em que o único plano deve estar perfeitamente nítido; ou seja, quase sempre, a câmera consegue fazer a análise melhor do que eu.
Uma das razões para isso é uma certa dificuldade, que confesso, em determinar se a foto está realmente focada, enquanto estou olhando pelo visor. Às vezes não consigo perceber com tanta clareza e, quando chego em casa, vejo que a foto não estava tão nítida quanto eu pensava.
Creio que o post do Wells pode ser de grande ajuda, para acomodados como eu, pois apresenta situações específicas em que usar o foco manual pode realmente trazer resultados melhores.  Às vezes precisamos de um empurrãozinho de alguém mais experiente, para conseguirmos nos livrar de hábitos arraigados.
Sei que meus professores de fotografia estariam surtando com este texto, se eles conseguissem entender português. E creio que eles teriam razão no sentido de que, antes de nos acomodarmos nos automatismos, devemos primeiro aprender a usar o equipamento em sua integridade, treinar, ver as alternativas, compreender o que de novo conseguimos obter quando estamos no comando de absolutamente todos os aspectos do processo fotográfico. Apenas depois de ter essa experiência é que podemos nos sentar confortavelmente em nossa preguiça e optar, porque ai sim é uma opção e não uma falta de alternativa, a usarmos o autofoco.
Pois muito bem, vou tentar o foco manual por algum tempo.
Depois eu conto!