Em um post já meio antigo tratei do assunto equipamento x viagem. Muitos de nós, ao ingressar no mundo da fotografia, nos empolgamos e desandamos a comprar equipamentos, acessórios e quetais. Não foi diferente comigo e já desenvolvi minhas próprias estratégias para a fotografia em viagens.
Calhou que este ano surgiu uma chance de viajar de moto com um grupo de amigos para o Sul do país, mais especificamente às Serras Catarinenses e Gaúchas. Tudo muito legal, planejamento bem encaminhado, reservas feitas. Num determinado momento, lá no começo, lembrei-me da minha primeira viagem de moto, a Rio das Ostras, em 2012. Por várias razões, acabei registrando muito pouco do trajeto em si. Parei pouco para fotografar. Não vou entrar em detalhes, mas o fato é que aquela experiência me fez tomar uma decisão: vou fotografar o máximo que puder durante esta viagem. Para isso, levarei apenas a Panasonic Lumix. Na semana passada, ao conversar sobre isso com um amigo, saiu a discussão. Ele não entendia por que eu não levaria a Canon EOS 400D nessa viagem, afinal, as paisagens merecem fotos tiradas com uma câmera de boa qualidade - não que a Lumix não o seja - com boas lentes, etc.
Pois bem, por que levar a compacta e não a reflex? Ora, vou viajar de moto, veículo no qual o espaço/capacidade de carga são limitados e no qual a praticidade conta muito. Veja: imagine você chegando numa curva, no alto de uma serra. A paisagem que se descortina é indescritível. O que você faz? Para e tira uma foto. Se de carro estivesse, bastaria pegar a câmera, sair do carro e bater a foto. Estando de moto, você vai ter que parar, sair da moto, tirar o capacete, as luvas, abrir bolsas, pegar a câmera e bater a foto. Depois, refazer tudo e retomar a viagem. Com uma câmera compacta, que pode ir num bolso da jaqueta ou, no meu caso, numa bolsa de tanque bem à frente do piloto, bastará que eu tire apenas uma das luvas, pegue a câmera e, de capacete mesmo, tire a foto. A reflex não me permitiria isso - a 400D não tem a função de visualização pelo monitor. Isso sem falar no espaço necessário para carregá-la. Ainda que eu diminua o tamanho dela, o que foi sugerido pelo meu amigo, tirando a base vertical e escolhendo uma única lente para a viagem toda, a câmera ainda é volumosa. E os filtros? E acessórios de limpeza? E minha lente preferida para essa viagem seria a 24-70 f/2.8, que tem 82mm de diâmetro na lente. Um monstro. Para que ela viaje em segurança, eu teria que levá-la em sua própria bolsa. Como o espaço nas malas é muito restrito, essa bolsa teria que ser amarrada à moto, deixando-a mais exposta e criando uma preocupação a mais em paradas. Uffa!! Meu amigo foi ainda mais longe: leve as duas?? What??? Duas câmeras significa dois carregadores para levar.
Então temos aqui que a escolha da câmera para este tipo de viagem tem que ser racional. Se pudesse, levaria a reflex, com certeza, mas não vai ser o caso. Numa outra oportunidade, farei essa viagem de carro, e aí sim, equipamento completo a bordo.
Calhou que este ano surgiu uma chance de viajar de moto com um grupo de amigos para o Sul do país, mais especificamente às Serras Catarinenses e Gaúchas. Tudo muito legal, planejamento bem encaminhado, reservas feitas. Num determinado momento, lá no começo, lembrei-me da minha primeira viagem de moto, a Rio das Ostras, em 2012. Por várias razões, acabei registrando muito pouco do trajeto em si. Parei pouco para fotografar. Não vou entrar em detalhes, mas o fato é que aquela experiência me fez tomar uma decisão: vou fotografar o máximo que puder durante esta viagem. Para isso, levarei apenas a Panasonic Lumix. Na semana passada, ao conversar sobre isso com um amigo, saiu a discussão. Ele não entendia por que eu não levaria a Canon EOS 400D nessa viagem, afinal, as paisagens merecem fotos tiradas com uma câmera de boa qualidade - não que a Lumix não o seja - com boas lentes, etc.
Pois bem, por que levar a compacta e não a reflex? Ora, vou viajar de moto, veículo no qual o espaço/capacidade de carga são limitados e no qual a praticidade conta muito. Veja: imagine você chegando numa curva, no alto de uma serra. A paisagem que se descortina é indescritível. O que você faz? Para e tira uma foto. Se de carro estivesse, bastaria pegar a câmera, sair do carro e bater a foto. Estando de moto, você vai ter que parar, sair da moto, tirar o capacete, as luvas, abrir bolsas, pegar a câmera e bater a foto. Depois, refazer tudo e retomar a viagem. Com uma câmera compacta, que pode ir num bolso da jaqueta ou, no meu caso, numa bolsa de tanque bem à frente do piloto, bastará que eu tire apenas uma das luvas, pegue a câmera e, de capacete mesmo, tire a foto. A reflex não me permitiria isso - a 400D não tem a função de visualização pelo monitor. Isso sem falar no espaço necessário para carregá-la. Ainda que eu diminua o tamanho dela, o que foi sugerido pelo meu amigo, tirando a base vertical e escolhendo uma única lente para a viagem toda, a câmera ainda é volumosa. E os filtros? E acessórios de limpeza? E minha lente preferida para essa viagem seria a 24-70 f/2.8, que tem 82mm de diâmetro na lente. Um monstro. Para que ela viaje em segurança, eu teria que levá-la em sua própria bolsa. Como o espaço nas malas é muito restrito, essa bolsa teria que ser amarrada à moto, deixando-a mais exposta e criando uma preocupação a mais em paradas. Uffa!! Meu amigo foi ainda mais longe: leve as duas?? What??? Duas câmeras significa dois carregadores para levar.
Então temos aqui que a escolha da câmera para este tipo de viagem tem que ser racional. Se pudesse, levaria a reflex, com certeza, mas não vai ser o caso. Numa outra oportunidade, farei essa viagem de carro, e aí sim, equipamento completo a bordo.