sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Brinquedos

Há poucos dias, uma conversa entre mim e minha co-escriba descambou no assunto fotografia. Ela reclamava que o tripé que comprou é muito pesado, e que ela não tem paciência para carregá-lo, apesar de estar ciente de suas vantagens. Assunto vai, assunto vem, perguntei se ela já comprara um cabo disparador. Disse que sim, sem fio, mas que seu tutor de fotografia julgava um acessório inútil.
Bem, discordo dele. Não sei se ele se referia ao fato de o disparador sem fio ser um acessório inútil, ou se ele considera assim qualquer tipo de disparador. Na verdade não é um acessório tão inútil assim. O disparador sem fio mostra-se muito útil em situações de estúdio ou auto retrato. O modelo que possuo, por exemplo, permite um delay de até cinco segundos, o que ajuda a obter poses mais naturais do que aquelas que conseguimos ao ajustar o automático e correr para a frente da câmera. Ele ainda permite que a câmera faça o auto-foco antes de disparar.

Então, concluímos que não é assim tão inútil, certo? Em ambientes de estúdio, por exemplo, os disparadores profissionais permitem conectar flashes e mais de uma câmera ao mesmo tempo. Mas não tratemos de coisas profissas neste espaço.
Quando adquiri minha 350D e, posteriormente, a substituí pela 400D - subi pouco porque isso significava manter boa parte dos acessórios que já possuía, como o vertical grip - descobri que um dos cabos disparadores recomendados para elas era este:
Nosso amigo, o RS60. Até aí nada de mais, certo? Sim, não fosse o fato de eu já possuir esse disparador, que comprei para minha primeira câmera, a EOS 5000. A câmera comprei em 1995, mas o cabo veio bem depois, com a EOS A2e. De qualquer forma, foi bacana descobrir que depois de tanto tempo esse acessório ainda era útil. Desde que o recuperei (tinha sido presenteado para meu irmão, junto com a câmera) não sai mais da minha bolsa velha de guerra.
Desnecessário explicar a real importância desse acessório muito antigo. Aquelas câmeras de caixote, do tipo lambe-lambe, contavam com esse equipamento como única forma de bater a foto. Suas aplicações hoje, são mais comuns em estúdio e fotografia de paisagem. Ele permite que uma exposição longa seja feita sem que se toque na câmera, mantendo sua estabilidade. Na foto acima, por exemplo, dá para perceber que o botão disparador é deslizante. Isso permite travá-lo para uso em dois modos: bulb, par aquelas exposições looooooooongas, principalmente noturnas, e em múltiplas exposições contínuas, o que faz com que a câmera continue a disparar até que se destrave o botão ou a memória encha.

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